Alfredo Almeida Pina de Oliveira
Doutorando e Mestre em Enfermagem na Saúde Coletiva pela Escola de Enfermagem da USP. Especialista em Promoção da Saúde pela Faculdade de Medicina da USP. Coordenador dos grupos de apoio - parar de fumar, controlar o peso, valorizar o lazer, fazer atividades físicas - do Centro de Promoção da Saúde do Hospital das Clínicas. Docente de graduação na FACCAMP e pós graduação na Uninove. Consultor em programas de promoção da saúde e prevenção de doenças.
Hoje em dia é muito comum ouvir falar que “Fulana chegou aos 80 com disposição de 20 anos”, “Ciclana está melhor na velhice do que na sua juventude” e que “Beltrano não aparenta a idade que tem”. Verdade seja dita, as Políticas Públicas de educação, saúde, saneamento básico aliadas aos avanços da Medicina conseguiram ampliar a quantidade de vida no século passado. Agora é o momento de zelar e incrementar nossa qualidade de vida!
Sabe-se que saúde não é só ausência de doenças, mas também é complicado estar sempre de bem com o lado biológico, emocional e socioeconômico (e espirituais também)! Cada vez mais a área de saúde reconhece que a atenção médica sozinha não conseguirá responder todos os problemas da complexidade da vida e do processo saúde-doença. Deste modo, os cuidados de enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, profissionais de educação física, dentistas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, entre tantos outros – advogados, economistas, administradores, pedagogos – somaram positivamente os ganhos para nossa saúde e bem-estar.
Ao envelhecer (processo que começa lá pela metade dos nossos vinte anos...), precisa ser destacada a importância dos cuidados consigo mesmo (autocuidado) e da construção de redes sociais (família, amigos, grupos, associações comunitárias etc). Neste sentido, os hábitos que adotamos ao longo da vida – logicamente associado com a nossa genética (o que herdamos dos nossos pais, avós...), o meio ambiente (condições de vida e trabalho, natureza) e o acesso aos serviços de saúde – podem colocar nossa saúde em risco ou nos proteger mais.
A Organização Mundial de Saúde defende a ideia que os representantes políticos e líderes de opinião devam valorizar o conceito positivo e ampliado de saúde em suas agendas e planos de governo, garantir maior participação dos idosos (cidadãos) nas decisões e tornar os ambientes mais seguros para os idosos.
Não fumar, acumular 30 minutos de atividade física no dia, comer 5 porções de frutas, verduras ou legumes no dia, achar um tempo para o lazer, preocupar-se menos, dormir com qualidade, conversar mais, dividir tarefas, enfim achar pontos de equilíbrio para os “altos e baixos” da vida pode ser uma ótima forma de encontrar ingredientes para o bem viver, pois não há uma receita de bolo exclusiva. Fazer escolhas em prol da nossa saúde significa, para você e quem estiver mais próximo de você, que os próximos anos que lhe aguardam poderão ser muito felizes e saudáveis!
(Artigo exclusivo para o Blog Segredos da Vida, por Alfredo Pina)
Durante uma das aulas do Curso de Promoção de Saúde e Envelhecimento, tive o prazer de conhecer o Alfredo que ministrou uma aula sobre "Promovendo a mudança de hábitos de vida". A interdisciplinaridade foi um aspecto importantíssimo que também foi abordado na aula. O CEDPES trabalha nessa linha, onde são oferecidas diversas alternativas de atividades.
O Tai Chi Chuan (TCC) faz a sua parte, no entanto, existem pessoas que não identificam-se com a prática. Para elas, a dança de salão, a fisioterapia, aulas de nutrição ou meditação, entre outras pode ser a ponte para uma atividade física, mas principalmente para o trabalho das suas deficiências e necessidades. As pessoas que estão abertas para vivenciar outras atividades além da sua preferida, conseguem potencializar os seus benefícios.
O TCC trabalha o indivíduo como um todo, corpo, mente e espírito, além de levar em consideração os fatores externos que influenciam no seu desequilíbrio. O instrutor de TCC deve ser educador, amigo, psicólogo, conselheiro, enfim. Obviamente que não estou dizendo que ocupamos o papel dos profissionais das outras áreas, apenas levamos informação e reflexão.
Essa é a importância da interdisciplinaridade, que visa atender as mais variadas necessidades do indivíduo. Assim como o TCC, trabalhando o indivíduo como um todo.
Agradeço à entrevista que o Alfredo me concedeu. A sua prontidão e espontaneidade são um ótimo exemplo de interdisciplinaridade. Devo ressaltar que apesar de não praticar TCC, o Alfredo possui o espírito da arte, demonstrando ética, moral, humildade, compaixão, mente maleável e aberta. Eu, meus alunos e os leitores te agradecemos.
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